sábado, 26 de novembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DE CADA UM NA LUTA POR NOSSOS DIREITOS


Há muito tempo, antes da formação das sociedades modernas, o ser humano vivia só, e devido a muitos fatores naturais a vida era difícil
 Perceberam então que ao se unir a outros da sua espécie a vida tornava-se mais fácil
 
Com o passar do tempo notaram que a vida em sociedade necessitava de regras e normas para poder se desenvolver, e surgiram os primeiros códigos escritos, “constituições federais”, verdadeiros contratos a que todos os habitantes se sujeitam abdicando de parte de sua liberdade absoluta em face da soberania de um país e aceitando obrigações em troca de ter assegurado seus direitos
 
A violência destes códigos no entanto centralizava o poder e ao combater a violência com violência em nada contribuíam para a evolução social, pois o que poderia surgir ao se combater o mau com o mau alem de mais violência? Qual a diferença entre a violência ilegal e a legal? Entre um assassino e aquele que assassina em nome de uma vingança?
 
Os ideais iluministas surgem com um ideal de libertação do pensamento antigo, os homens imaginaram o tipo de sociedade em que queriam viver e buscando a iluminação da mente humana, tentaram estabelecer direitos não apenas igualitários, mas também de segurança do indivíduo frente a um estado então absoluto e à imposição das maiorias.
 
 Surgem os direitos humanos, e os princípios constitucionais como caminho a ser seguido para uma sociedade ideal. Uma sociedade de liberdade, igualdade e justiça. 
 
O que antes se quer se declarava passa a ser constitucionalmente garantido. Contudo apenas uma parte da sociedade ainda se mantém no poder. Assim minorias continuam indo à luta para assegurar seus direitos: trabalhadores, mulheres, menores, índios, homossexuais, cada um a seu tempo e modo se levantaram e continuaram a lutar por uma sociedade garantista, utópica para os céticos
Hoje as desigualdades ainda existem e o preconceito ainda impera porem não podemos negar que obtivemos algumas vitórias: o fim da escravidão, os direitos da mulher, do menor, e o início do reconhecimento dos direitos homoafetivos


O direito nao socorrerá aqueles que dormem, nao se tornará mais humanitario e solidario devido ao voto da maioria, apenas não nos deixaremos dominar ou seremos considerados  perdidos/condenados e mantidos á margem da sociedade como eles insistem ao nos erguermos para gritar: “podemos parecer diferentes, mas somos iguais a você! NÃO a qualquer forma de preconceito!”
 



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ENCONTRO



O vapor da água caia sobre seu corpo nu e tornava ainda mais difícil minha respiração já pesada.
A proximidade era desconcertante; sua pele exalava um aroma sensual, seu corpo acompanhava o ritmo da música que rolava só pra me provocar.
Sentia aquela urgência, a necessidade de domínio, subjugo e posse daquele corpo por inteiro, sem receios.
Meus sentidos enlouqueceram, me dominaram e um gemido forte ecoou quando seu corpo se chocou com a parede fria.
Nossos corpos molhados, envoltos sem libido, buscando o prazer supremo, o gozo inevitável adquiriram ritmo próprio, louco e frenético.
De repente um “eu te amo” escapou, sussurrado entre dentes, tímido entre os gemidos mútuos, e tudo tomou um ritmo ainda mais forte, não apenas sexos, peles, mãos e bocas se tocavam, mas algo mais profundo se mostrava no encontro de olhares.
O auge em fim atingido, nossos corpos trêmulos unidos em um abraço que por mim poderia ser eterno e o retorno de um “eu também te amo”.
O beijo veio suave, cheio de carinho e amor, um riso de cumplicidade e a certeza de ter encontrado aquela pessoa que por tanto tempo havia esperado.
Héteros, Lésbicas ou Gays. Realmente faz diferença?

terça-feira, 12 de julho de 2011

POEMA - DEIXANDO-ME LEVAR


Olhando em seus olhos me perco no tempo e espaço,
Mergulho em um mar profundo às vezes turvo, às vezes límpido,
Perdida em um mundo inteiramente novo.

Seu corpo junto ao meu se encaixa perfeitamente
Sua aparência, muitas vezes frágil me delicia
Quando você se aconchega e eu a envolvo e embalo.

Fascina sua força e ternura;
Encanta seu sorriso maroto, seu toque;
Envolve e domina seu olhar.

É fácil deixar-me levar, presa ao seu feitiço
É natural o arrepio, o desejo, a loucura.

Velhos medos se perdem, aos poucos se deformam:
O medo da entrega;
Dos sonhos grandes de mais;
Do amor que dilacera e magoa.
Medos que de algum modo não me afligem
Que pertencem agora ao resto do mundo.

Refletido em seus olhos vejo o mesmo desejo, a mesma ausência de medo
O mesmo anseio de lançar-se ao desconhecido e mergulhar cava vez mais fundo
Deixar-se levar sem temer o espaço em branco a nossa frente
E assim nada parece impossível.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CONTO - APENAS UMA GAROTA CAP.2


Levantou-se a mente conturbada, agitada, insone em busca de um cigarro, buscava em cada tragada sentido para frases e gestos vazios. Seu corpo forte e inquieto exauria-se aos poucos, machucada por intermináveis buscas que sempre mostravam-se sem sentido.
Percebeu naquele instante que estava prestes a desmoronar, não suportava mais aquela forma de vida, não suportava mais aquele mundo onde se via presa, e percebeu que não haviam reais algemas em seus punhos. Reuniu suas ultimas forças e decidiu recomeçar.
Partiu, nas mãos folhas em branco e uma caneta, nada de lápis ou borracha, nada poderia ser apagado ou reescrito nessa nova história, as palavras deveriam ser mantidas, registradas  em sua forma original.
Sempre escrevera sobre sentimentos que nunca realmente provara: iras que nunca expressara, poesias e sentimentos que jamais vivera, sonhos desgastados, idéias abstratas, planos incompletos que a mantinham presa ao futuro e distantes dos seus dias.
Assim ela partiu, deixou para traz às máscaras, a mentira, a civilidade que a obrigava a se moldar, oprimia e socializando-a destruía dia após dia tudo o que ela era. Deixou para traz todas as esperanças, idéias formadas, pré-conceitos, abdicou dos planos, dos conselhos, das cobranças e de todos os caminhos já traçados para o seu futuro.
Já não desejava ou planejava, apenas sentia o vento batendo em seu rosto, as pedras do calçamento quentes sob seus pés e o sol aquecendo sua pele. Assim, apenas sentindo escrevia, descrevia cada sensação e vivia cada instante.
Agora livre da ansiedade, já não era alvo das frustrações e mágoas que tanto a afetavam não sabia o que a aguardava, mas não se importava, estava livre, pela primeira vez ao se afastar de todas as regras, desejos, esperanças, planos, medos estava livre para sentir, pensar, criar suas idéias e descobrir quem era, quem sempre fora.
Caminhou por dias, primeiro vagando pela cidade observando todas as pessoas tão presas a tudo, cada passo milimetricamente calculado planejado, pré-programado, dormiu em pensões baratas, comeu pouco ou quase nada e observou, viu pela primeira vez a dor estampada em todos os olhos, a angustia e a ansiedade por traz de cada sorriso.
Observando aqueles que cruzavam seu caminho, notou os passos acelerados, os olhos inquietos, o tempo escasso. Percebeu que em momento algum estivera sozinha quando andava perdida, sem reconhecer a si mesma e só agora, longe das amarras que tentavam moldá-la, conseguiu compreender o quão interligada a todos ela sempre estivera.
Caminhou sozinha, como uma espectadora silenciosa, por todas as ruas da cidade, suas folhas antes em branco aos poucos iam sendo preenchidas, cada nova rua, cada novo bairro apresentava-lhe uma emoção, um sentimento, e ela escrevia, assim fazia, pois era essa sua arte, sua forma de expressão, muitos são os que fotografam, desenham, pintam, cantam,  ela observava, sentia, e escrevia.
Em seu caminhar sentiu a fome, e o prazer ao saborear o mais básico prato de comida; sentiu a dor do cansaço e o conforto do sono; sentiu pela primeira vez o sangue circulando por seu corpo e o pulsar de seu coração; notou as variações do ar que entrava por suas narinas a cada respiração e foi capaz de apreciar a liberdade com que cada nova idéia brotava em sua mente. (...)

CONTO - APENAS UMA GAROTA CAP.1


Beijava três, cinco, dez garotas em uma noite. Às vezes levava alguma para um lugar mais escuro, a coisa esquentava, se rendia aos desejos animais, saciava sua luxuria, tinha novas paixões toda semana, mas continuava vazia, sem rumo, noite após noite entre mulheres e cerveja, entre amigos em um bar qualquer ria e comemorava a própria incoerência.
Os beijos por melhores que fossem não a tocavam, sua pele reagia, seu corpo excitado já acostumado a retribuir caricias sabia exatamente o que fazer a cada toque, porem sua mente vagava, seu coração inquieto mantinha-se fechado.
Decepcionava-se todos os dias, se frustrava, esperava que as garotas não agissem como sabia que agiriam, desejava a pessoa que a superasse, instigasse, inspirasse, alguém para estar com ela, sabia que esperava de mais, mas não conseguia agir diferente, sentia-se presa.
Acabava em uma ressaca terrível com a moral abalada, a cabeça rodando, pesada, presa novamente na cama sem vontade de mexer um único músculo, tentando analisar a maldita mania de atos emocionais sem sentido, descontrolados, que possuía, ligava para um amigo, tentava encontrar alguma razão para se levantar, via-se perdida em um turbilhão.
Cansada dos antigos lugares desgastados, das  baladas que sempre haviam sido seu mundo, não sabia para onde ir e não conseguia ficar em casa, acabava insistindo, buscando nos lugares errados, e pessoas erradas a profundidade de um olhar que brilhasse só por ela, não suportava mais a  luxuria e todo o lixo da noite, mas não conseguia se afastar, ela era uma viciada.
Cheia de conceitos e idéias adquiridos no decorrer dos seus 24 anos, se via buscando ainda respostas para as mesmas perguntas de sua adolescência, seguia dividida entre o mundo dos pensamentos e da razão, e o dos sentimentos e da emoção.  Às vezes encontrava seu equilíbrio, mas distraia-se por um instante e se deixava levar presa em um dos mundos novamente, perdia o controle.
Já sem saber onde mudar, o que fazer para melhorar, Sempre tão auto-crítica, persistente, desejando, se aperfeiçoando,  se auto-lapidando a cada novo dia, flagelava-se sem entender sua própria necessidade de mudar.
Diziam-lhe que não exigisse tanto dos outros, que não esperasse tanto, que curti se, aproveita-se e pronto, ela curtia, aproveitava as companhias passageiras, isso sim aprendera a fazer bem, mas não conseguia não exigir de alguém que estivesse ao seu lado, exigia dela mesma, se auto-criticava ainda mais que a qualquer um e esperava sempre o seu melhor, por isso mesmo sem querer, acabava esperando a mesma atitude em troca.
Presa em um ciclo que parecia não se fechar quando pensava estar em equilíbrio acabava fugindo dos próprios pensamentos novamente, afogando-os em um copo qualquer de bebida, colando seu corpo a um corpo qualquer, rindo de uma besteira qualquer sem saber qual o próximo passo a dar.
Aquela havia sido outra dessas noites, novamente não queria acordar, ter de abrir os olhos, a escuridão da noite ainda dominava o quarto, mas sua mente ainda letárgica insistia em trazê-la novamente à realidade.
Sentia a respiração leve e o contato da pele suave, quente, colada a sua, a garota, que não conseguia recordar o nome agora, adormecida tentava aconchegar-se em seus braços, e ela desvencilhou-se sem lhe dar muita atenção, não que a noitada ouves-se sido ruim, mas não sentia desejo algum de estar ali. (...)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

POEMA - VIDA DE LÉS.



Odeio mulheres!
Tão complexas em sua simplicidade,
Com seus jogos e desvios de personalidade!

Odeio mulheres!
Sensivelmente indomáveis, garoa e tempestade,
Sempre frases e jeitos, cores e aromas, vulcão e Iceberg!

Odeio mulheres!
Seus contrastes, gestos e formas
Que inconstantes, alucinam embriagam e envolvem!

Odeio mulheres!
Que definem a cor e o tom de meus dias;
Alteram meu humor;
Dão forma a minha poesia!

Muitas vezes só sei que odeio mulheres!
Mas todo o tempo sei, sou viciada em todas elas.

domingo, 12 de junho de 2011

POEMA - APAIXONANDO-SE



Preenchendo um quadro em branco
Dou a cada dia um novo passo.

Percebo a cada encontro um gesto,
Um detalhe, uma expressão diferente.

Descubro aos poucos seus interesses,
Suas preferências, anseios e sonhos.

Sinto seu aroma, as reações da sua pele, seu corpo.

A cada espaço preenchido percebo, descubro, sinto
Pequenos novos detalhes.

Detalhes que me encantam aos poucos
Me mostram o quanto é bom tê-la neste instante.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

POEMA - SEUS OLHOS


Entre olhares discretos dialogamos.
Seus olhos me perseguem, atormentam
Inspirando minha lascívia despertam meu lado mais sacana.

Meu sexo desperta, pulsante, agitado;
Meus membros ansiosos tornam-se inquietos,
Percorro com o olhar as nuances de seu corpo.

Enquanto minha mente divaga, perdida em suas curvas deliciosas
Transponho a parca distância que nos separa
A envolvo, uno nossos lábios, colo seu corpo ao meu.

Satisfaço esse desejo ansioso,
Esse impulso incontrolável que sinto pulsando em minhas veias
E vejo refletido na intensidade de seu olhar.

terça-feira, 10 de maio de 2011


Peguei-me a percorrer antigos caminhos. Foi tão fácil cair rendida aos velhos hábitos. Bastou um minuto de distração. Os meses de trabalho psicológico e emocional em busca de um equilíbrio simplesmente desapareceram.
A sua presença trouxe a tona todos os sentimentos que por algum tempo haviam se acalmado. Vi-me presa aos velhos medos, dominada pela antiga angustia, ansiosa e com o coração recluso, a mente novamente inquieta, exasperada.
Sua presença me enfraquece, seus olhos, se mantêm para mim indecifráveis, suas palavras, me soam incompletas, novamente você me deixa insegura, leva minha tranqüilidade, sensatez e de algum modo domina meu pensamento.
Eu que precisei sempre de uma explicação completa, apegada aos detalhes de cada instante, com essa estúpida necessidade de deixar tudo sempre claro, explicito, delimitado. Eu sempre controladora, impaciente, com esse desejo incontrolável de entender, descrever e racionalizar cada sentimento, cada momento.
Me vejo perdida novamente entre suas poucas frases, e palavras nunca ditas. Me descontrolo e chegou a conclusões nada conclusivas, tentando completar lacunas que você deixou para traz e jamais foi capaz de sanar.

terça-feira, 19 de abril de 2011

POEMA - PROVAS


Fotos, lembranças, poesias, instantes;
Provas de que a tive...
Fotos de momentos que não voltarão,
Lembranças de toques que já não sinto,
Poesias sobre sentimentos que se perderam com a distância,
Instantes dissipados pela memória aos poucos
Perdidos dia após dia,
Fotos, lembranças, poesias, instantes
Que não modificam mais nada
Vazios de sentido
Corrompidos pela ausência de um amor
Que um desamor aos poucos se torna.




quinta-feira, 31 de março de 2011

POEMA - SOU COMO SOU


Meio anjo, meio demônio
Caminho entre a luz e a escuridão
Agindo de acordo com o que acredito.

Magôo e sou magoada; firo e sou ferida;
Vencida, muitas vezes venço;
Sendo amada, não amo; Amando não sou amada.

Nem anjo, nem demônio
Caminho, dividida
Entre as tentações da escuridão
E a suavidade da luz.

E vivendo, sou como sou.

POEMA - O SENTIR


Por que O saber não me impede de sentir¿

Você não sente nada quando me aproximo e te envolvo em meus braços,
Seu corpo não se altera com minha presença ou meu toque,
Seus pensamentos não se agitam com minha vós.

Por que O saber não me impede de sentir¿

Quando você se aproxima desejo mais que tudo envolve-la em meus braços,
Meu corpo vibra com sua presença, se aquece com seu mais leve toque,
Meus pensamentos enlouquecem, ficando sem controle com o som da sua vós.

Por que O saber não me impede de sentir¿
Por que O sentir não liga ou se importa com O saber!




POEMA - O TRIÂNGULO


Unidas pela prosa e poesia
Viajamos por todos os mundos
E onde nada é impossível
Caminhamos por praias lunares
E construímos casa sobre as mais belas quedas.

Guiadas pelos sentidos
Muitas vezes nos perdemos
Obcecadas por sentimentos inexplicáveis
Amor, ciúmes, carinho, ira, paixão.

Nesses momentos ela se ergue
Nos segura pela mão e nos traz de volta a realidade.

Ela que jamais escreve poesias, mas as adora como nós.
Aquela que presa ao chão
Não compreende nossos mundos imaginários
Mas não permite que ninguém, além dela, ria deles.

As formas que toma o amor a nos unir são distintas
Mas muitas vezes se confundem, entrelaçam:

O amor da amiga e amante que compreende e resgata;
O amor da poetisa e amiga que encontra inspiração;
O amor da escritora que encanta e se doa completamente.

Em um eterno ciclo, todos os sentimentos
Unidos chocam-se, se alteram e vão alem da matéria.

terça-feira, 29 de março de 2011

POEMA - A MUSA


Cada curva do seu corpo me inspira um novo conto erótico
Seus gestos, seu jeito me inspira a poesia.
Seus sonhos me trazem inspiração para criar novos mundos.
Suas palavras me inspiram a ser melhor que ontem.

Do desejo insensato a calma e tranqüilidade
Sua presença me inspira
Do ciúme ansioso a saudade incontrolável
Mesmo sua ausência me inspira.

POEMA - A CANETA


Enquanto a caneta percorre o papel
Forma palavras, expressões de pensamento
Montando frases, descrições de sentimentos.

Enquanto a caneta percorre o papel
Minha mente inquieta, ansiosa, confusa se acalma
Meu coração conturbado, angustiado volta ao seu ritmo normal.

Enquanto a caneta percorre o papel
Eu me descrevo, me expresso e me tranqüilizo.

domingo, 27 de março de 2011

POEMA - POESIA SEM TÍTULO


Poderia dizer que o melhor pra mim é ter você, mas nunca a tive então como saber?
Se as coisas fossem diferentes, poderiam ser melhores, ou apenas diferentes, já não importa.
Seria capaz de lutar contra o mundo pra estar com você, mas não contra uma pessoa.
A chuva já não me afeta, palavras já não me surpreendem, gestos são facilmente ignorados
Então seguimos em frente e não importa o que aconteça, eu sei que eu vou estar bem
Eu acredito que nós estaremos bem, por que não é possível se perder o que nunca se teve
E o único incondicional e verdadeiro amor, a amizade, isso nunca se perde.

sábado, 26 de março de 2011

POEMA - RESPOSTA A AUSÊNCIA


Sentada no meu jardim de pedras secreto, somente com a tela do Notebook acesa,
Cada riso ao longe poderia ser o dela, todas as sombras pareciam ela
Distraia-me com algum texto da internet, mas meu pensamento contrariado só a ela buscava.

Fora minha a escolha pela solidão, mas
Onde estaria minha doce amiga, viciada em Chantili e Submarino¿
O que poderia estar fazendo aquela capaz de sentir todas as cores do mundo¿

Sentada sozinha, sem o som do seu riso solto,
Sem nossas conversas demoradas, ou o som da sua voz,
Ninguém pra incomodar ou fazer brincadeiras bobas...

Impossível não sentir sua falta,
Impossível não desejar tê-la ao meu lado
Dividida entre a paixão que nasce e a dor da ausência
Sentada no meu jardim de pedras secreto, somente com a tela do Notebook acesa.


Ausênciahttp://blackwithpink.blogspot.com/2011/03/ausencia.html

quinta-feira, 17 de março de 2011

POEMA - A POETISA


Enquanto ela recita seu novo poema eu crio mil poesias em minha mente.
A cada frase algo desperta em meu peito e meu pensamento oscila ao tom de sua voz.

Com seu jeito leve ela trata de todos os assuntos e sentimentos
Escreve de uma forma lírica e tão intensa que sempre me choca.

Ela carrega o peso de seu mundo nos ombros,
Mas anda sempre em frente, lutando a cada passo

Usa para isso as armas que conhece: a palavra, o papel e a caneta,
Cria então frases, versos, sonhos e mundos por onde me perco e me  encanto.

Vejo-a sempre assim e enquanto ela segue a observo,
Escrevendo uma linha por vez, seu próprio destino.


Pra uma loira muito especial, que sempre me surpreende com suas idéias.

segunda-feira, 14 de março de 2011

POEMA - B&L


Mulher é poesia em movimento
É  Em todas as suas curvas e gostos
Os sentimentos mais puros e pervertidos.
Amar uma mulher é perceber um mundo novo
E ser capaz de enfrentar tudo e todos por algo incontrolável
Butches e Ladys  sempre Inspiram, cativam,
Apaixonam e enlouquecem
São instáveis, inseguras, dramáticas, neuróticas
Mas sempre misteriosas, arrebatadoras, envolventes e irresistíveis.   
Mulher é sedução, corpo, toque, cheiro, pele
É encanto, olhos, sorrisos, palavras, gestos
Mulher é indescritível,
E amá-las é ter sempre esse grito inexplicável preso no peito
E ser capaz de se erguer contra todas as barreiras.
Escrito para atender a um pedido especial do Butches & Ladys: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=11606840717189758544

sexta-feira, 11 de março de 2011

CONTO - A COCHOEIRA


Quando ela se sentou sob a cachoeira e a água envolveu o seu corpo tudo o que eu quis foi saber desenhar, queria mesmo que através de um rascunho mostrar a expressão  intensa dos seus olhos de menina e a forma como seu cabelo negro, com mechas, formavam cachos que se desfaziam agora sob a força da água e tocavam seu pescoço claro, mesmo que uma pintura não fosse capaz de expressar a textura suave daquela pela que brilhava iluminada pelo sol ou o aroma envolvente do seu corpo agora misturado ao aroma da água cristalina que a envolvia talvez conseguisse capturar por um breve instante a leveza e a inspiração que me transmitiam seu riso solto.
Enquanto as meninas se encarregavam de terminar o almoço (pão com linguiçinha) eu a "raptara" silenciosamente, desde que o dia anterior, quando havíamos montado o acampamento esperava a oportunidade de levá-la aquela parte mais retirada da cachoeira, ali a queda era menor e o acesso mais difícil tornava o local menos visitado.
Eu a fitei e não pude resistir, toquei seu rosto, a envolvi e puxando-a para mim a beijei, seu corpo reagiu instintivamente, estávamos juntas a apenas duas semanas mas ela sabia perfeitamente como se aconchegar em mim e me deixar insana, (maluca, excita, louca de um puta tesão pelas curvas perfeitas de seu corpo) ela colou seu corpo coberto apenas por um minúsculo biquíni vermelho e uma tanga  transparente ao meu e não resistiu quando fiz com que se levanta-se e colocando suas pernas entre as minhas a prendi contra a parede de pedras que formavam a cachoeira.
O som da queda era absoluto, e a sensação da água e das rochas geladas tocando nossos corpo quentes era intensificada pelo contraste das cores da luz do sol refletida nas pedras e em cada gota d'agua que meus olhos percebiam, atrás de nós  borboletas das cores mais variadas levantavam vôo e dançavam daquela forma que apenas elas conseguem criando um cenário exuberante e multicolorido.
Seus olhos castanhos esverdeados pareciam em chamas, e meus braços não puderam conter a força do entusiasmo que me dominava e a vontade de possuí-la ali em meio aquele pedaço de paraíso semi-oculto.
Desamarrei seu biquíni e o deixei em cima de uma pedra próxima, sem me desgrudar dela, ela beijou meu pescoço e fez com que a água da cachoeira caísse diretamente sobre mim por alguns instantes, eu sorri e meus lábios buscaram seus seios fartos, claros, ansiosos, minhas mãos acariciando as  curvas do seu corpo buscavam trazê-la ainda mais pra mim.
Minhas mãos desceram buscando a fonte de seu prazer e quando a toquei com força e desejo ela envolveu seus braços no meu pescoço e escondeu seu rosto em meu peito. Sua cintura movia-se em um ritmo perfeito ao som da cachoeira forte e incessante a tocar as pedras sob nossos pés.
Todo o lugar parecia vibrante, transmitindo aquela energia gostosa e excitante e tê-la assim entregue entre meus braços me fez pensar em milhares de poesias, ela me inspirava, e seu gozo estremeceu todo meu corpo.
Quando ela se sentou sob a cachoeira e a água envolveu o seu corpo tudo o que eu quis foi saber desenhar, queria mesmo que através de um rascunho mostrar a expressão  intensa dos seus olhos de menina e a forma como seu cabelo negro, com mechas, formavam cachos que se desfaziam agora sob a força da água e tocavam seu pescoço claro, mesmo que uma pintura não fosse capaz de expressar a textura suave daquela pela que brilhava iluminada pelo sol ou o aroma envolvente do seu corpo agora misturado ao aroma da água cristalina que a envolvia talvez conseguisse capturar por um breve instante a leveza e a inspiração que me transmitiam seu riso solto.
Enquanto as meninas se encarregavam de terminar o almoço (pão com linguiçinha) eu a "raptara" silenciosamente, desde que o dia anterior, quando havíamos montado o acampamento esperava a oportunidade de levá-la aquela parte mais retirada da cachoeira, ali a queda era menor e o acesso mais difícil tornava o local menos visitado.
Eu a fitei e não pude resistir, toquei seu rosto, a envolvi e puxando-a para mim a beijei, seu corpo reagiu instintivamente, estávamos juntas a apenas duas semanas mas ela sabia perfeitamente como se aconchegar em mim e me deixar insana, (maluca, excita, louca de um puta tesão pelas curvas perfeitas de seu corpo) ela colou seu corpo coberto apenas por um minúsculo biquíni vermelho e uma tanga  transparente ao meu e não resistiu quando fiz com que se levanta-se e colocando suas pernas entre as minhas a prendi contra a parede de pedras que formavam a cachoeira.
O som da queda era absoluto, e a sensação da água e das rochas geladas tocando nossos corpo quentes era intensificada pelo contraste das cores da luz do sol refletida nas pedras e em cada gota d'agua que meus olhos percebiam, atrás de nós  borboletas das cores mais variadas levantavam vôo e dançavam daquela forma que apenas elas conseguem criando um cenário exuberante e multicolorido.
Seus olhos castanhos esverdeados pareciam em chamas, e meus braços não puderam conter a força do entusiasmo que me dominava e a vontade de possuí-la ali em meio aquele pedaço de paraíso semi-oculto.
Desamarrei seu biquíni e o deixei em cima de uma pedra próxima, sem me desgrudar dela, ela beijou meu pescoço e fez com que a água da cachoeira caísse diretamente sobre mim por alguns instantes, eu sorri e meus lábios buscaram seus seios fartos, claros, ansiosos, minhas mãos acariciando as  curvas do seu corpo buscavam trazê-la ainda mais pra mim.
Minhas mãos desceram buscando a fonte de seu prazer e quando a toquei com força e desejo ela envolveu seus braços no meu pescoço e escondeu seu rosto em meu peito. Sua cintura movia-se em um ritmo perfeito ao som da cachoeira forte e incessante a tocar as pedras sob nossos pés.
Todo o lugar parecia vibrante, transmitindo aquela energia gostosa e excitante e tê-la assim entregue entre meus braços me fez pensar em milhares de poesias, ela me inspirava, e seu gozo estremeceu todo meu corpo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

SERIES - SIX FEET UNTER (a sete palmos)


Confesso que não assisti a esse seriado ainda, mas assistirei =D e assim como o Glee essa me foi indicado mas dessa vez por outra amiga, vlw o toque Carol (agradeço aqui, tardiamente, o grande incentivo que me deu para a fundação deste blog, mas como dizem antes tarde do que nunk, rs, obrigada mesmo pela força que sempre me deu), então, voltando ao assunto, realmente curti a apresentação da serie, e então aqui fica o link para ver Online: http://www.intertainer.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=429:series-online-six-feet-under-assistir-online&catid=41:series&Itemid=66

Ou para fazer o Download: http://www.intertainer.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=429:series-online-six-feet-under-assistir-online&catid=41:series&Itemid=66

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

CONTO - UMA NOITE DIFERENTE - CAP. II

Obs: Missão de ano novo: terminar os contos que estão sem final, então, começando pelo começo, ai esta a conclusão do meu primeiro conto postado, não achei ele bom, mas tah vai la.
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...

Portas fechadas, casa vazia, Dani esperava nervosa no quarto de Melina, cabeça baixa pensativa, sabia que desejava o toque, novamente a sensação do beijo da amiga, mas o medo, a ansiedade, ela já não sabia se deveria ter ficado, por fim decidiu se levantar e ir embora:
- “...Isso não está certo, Melina tem namorado, nós somos garotas! Eu não deveria ter ficado, eu nem sei por que a beijei ou na verdade nos beijamos!”
- Já está pensando de mais de novo não é¿! – Melina falou encostada a porta, observando Dani ainda sentada na cama com olhos pensativos – dança comigo de novo¿
Não esperou que a outra responde-se ligou o Media Player do computador e a puxou, a musica não era muito agitada, um pouco romântica na verdade.
- Não precisa ficar assim, eu te amo tanto, desculpa se te assustei, a muito queria provar seu beijo, mas se você for ficar estranha comigo ... quer dize eu também não sei direito o que esta havendo nunca quis beijar uma garota antes... mas eu te amo tanto Dani, e a tanto tempo.
Melina com a voz triste parecia que iria chorar a qualquer momento, encostou o rosto nos ombros da amiga.
- Eu também te amo Mel – os olhos da outra brilharam, e Dani soube que não importava o namorado dela, ou o fato de ambas serem garotas, o que ela mais desejava era estar ali com Melina em seus braços e lutaria até o final por isso.
O beijo foi natural, os desejos do corpo a tanto reprimidos explodiram como uma onda, a curiosidade e o desejo misturados, a descoberta de cada toque e sabor. A primeira noite de amor entre as duas, que a tanto tempo se amavam, e que sabiam resolveriam tudo e ficariam juntas.

VÍDEO MONTAGEM - SÓ POR AMAR DIFERENTE

Sem sono de madrugada navegando na net, o resultado fala por sí próprio:

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

FILME - I CAN'T THINK STRAIGHT



Procurando uma coisa em meus vídeos encontrei outra e me lembrei desse filme que realmente é bem gostosinho de se ver, historia um pouco cliche, duas mulheres que se descobrem lés uma assume a outra se nega e a confusão começa, mas a historia tem cenas incriveis, fica o vídeo pra não me deixar mentir:


Há o link pra vc baixar tah aqui: http://www.megaupload.com/?d=JM1KECCT
Encontrei ele em um blog muito legal, se quizerem conferir fica a  dica tbm: http://soprales.blogspot.com/

sábado, 29 de janeiro de 2011

SERIES - DOLL HOUSE


Serie realmente excelente, pessoas são reprogramadas e passam a realizar os desejos daqueles que podem pagar, é claro, mas o programa de limpeza não parece ser tão perfeito quanto pensavam. Não assisti nem uma cena lés nesse seriado até onde vi, mas se quer uma ótima razão para assisti-lo aqui vai:
Eliza Dushku esta insuperável e o seriado é realmente bom, então ai esta o link onde vc vai conseguir baixar os episódios: http://www.megaupload.com/?f=F8Z94MRL

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

SERIES - FLASH FORWARD


passeando pela net sem ter o que fazer encontrei esse seriado, e a quem diga que não se acha nada bom na internet!! em um dia qualquer o mundo todo fica inconciente e de alguma forma todos tem visões do futuro dali a seis meses, os agente do FBI acabam presos a investigação onde todos estão perdidos, adorei a serie e quando descobri uma lésbica entre eles amei mais ainda, fica ai a dica, e o site onde vc encontra: http://www.baixedetudo.net/download-flash-forward-1-temporada

sábado, 8 de janeiro de 2011

CONTO - DESEJOS PERIGOSOS



A noite, quando o sono me foge ainda sinto sua presença ao meu lado na cama, quando ouço passos do lado de fora do apartamento me pego relembrando o som de seu salto, sempre alto, se chocando contra as lajotas do corredor e desejando ouvir seu pulso impaciente pressionando a campainha, nesses momentos esqueço que ela se foi, que escolheu partir, me iludo e finjo por alguns instantes que o meu amor é o suficiente para ela que sempre desejou o mundo.

Aquela que tantas vezes desejei chamar de minha menina, que me olhava e sorria todas as vezes que eu tentava dizer o quanto a amava, e me destruía com uma simples frase:
__ Também te amo, você sempre será minha melhor amiga.
Tantas foram às vezes que a consolei quando algum idiota que dizia amá-la conseguiu magoá-la, em tantas noites ela se deitava em minha cama, se aconchegava em meus braços e adormecia como um anjo com um sorriso suave nos doces lábios rosados, era impossível para mim esquecer a forma que seus cabelos loiros tomavam ao se espalhar por meu peito, o aroma de frutas frescas que sempre a rodeava, e o calor de seu corpo junto ao meu.
Hoje aqui sozinha chego a pensar que jamais deveria ter realmente me declarado, afinal ela amava o namorado rico, se eu apenas tivesse conseguido me conter, poderia ainda tê-la por perto, mas já não era mais capaz, eu precisava que ela soubesse antes de aceitar o pedido de casamento. Simplesmente o ciúme me enlouqueceu se ela respondesse sim, eu jamais a teria, e nesse caso eu realmente prefiro a solidão.
Agora já fazia um mês desde a noite em que ela saiu batendo a porta do meu apartamento, chorando, depois de me dizer que eu havia estragado tudo, que eu sabia que ela amava o namorado e que ao me declarar e beijá-la eu havia destruído nossa amizade e ela me odiava por isso. Depois daquela noite ela simplesmente passou a me evitar, era como se ela fosse um fantasma que simplesmente desapareceu, mas essa foi à escolha dela e eu não tinha como modificá-la.
Ainda assim, nessa noite, desejei mais que nunca que ela estivesse ali, desejei tê-la mesmo que por uma noite, desejei que as nuvens lá fora não escondessem a lua e a chuva parasse, mas, mais que tudo desejei que ela estivesse feliz.
Enquanto observava as gotas que se chocavam contra o vidro da janela, tive novamente a impressão de ouvir seus passos no corredor, a cada instante mais próximos e derrepente ouvir a campainha tocar, daquela forma impaciente que somente ela era capaz de tocar, é claro que havia sido apenas minha imaginação mais uma vez, mas novamente a campainha tocou e percebi que realmente havia alguém a porta.
Ela estava completamente encharcada, o rosto vermelho, os olhos febris, era como se estivesse desesperada, assim que abri a porta ela me abraçou, seu corpo estava gelado e no momento em que ia perguntar o que estava havendo ela simplesmente me beijou, aquele beijo que tantas vezes eu imaginei, que tantas noites desejei, eu a envolvi em meus braços com força, eu a desejava tanto, ela se apertava contra meu corpo e me puxava para si, quando a levei para o quarto e a deitei contra a cama ela não resistiu, não me deixou falar, apenas tirou sua camisa e me beijou novamente.
Sua pele clara tão macia, era pra mim como um vício e eu não conseguia parar de beijá-la, tocá-la, amá-la, não conseguia acreditar no que estava acontecendo e temia ao mesmo tempo que fosse tudo uma ilusão, uma peça da minha mente. Fizemos amor durante horas, mas ela não me deixava mencionar nem uma palavra, senti seu corpo se enfraquecer em meus braços varias vezes, e a cada gozo ela simplesmente me puxava ainda mais para si, acariciava meu corpo e calada buscava meu corpo com sua boca me acariciando com sua língua.
Fizemos amor até adormecermos, ambas exaustas, já sem forças, uma nos braços da outra, sem dizer palavra, mas na manha seguinte, quando acordei ela simplesmente não estava ao meu lado, seu cheiro ainda estava em toda parte, mas ao procurá-la pelo apartamento tudo o que encontrei foi uma carta:
“Fabi, meu amor, me desculpe por todas as ofensas que te falei aquela noite, e por esta carta. Eu sempre soube que você me amava, na verdade, eu também sempre a amei, mas me neguei a ver isso até ouvir sua declaração por que esse amor não é para ser vivido, é um sentimento que vou sempre carregar comigo, e você é alguém que sempre estará em meu coração, mas esta manhã estou partindo com meu marido, vamos morar em Paris e eu sei que ele me dará o mundo que eu sempre quis. No entanto  antes de ir eu precisava estar com você ao menos uma noite, você que sempre esteve ao meu lado e espero que não me odeie, sei que durante todo esse tempo em que estivemos próximas você sempre me desejou e eu agora confesso também sempre a quis. Não sei se um dia voltaremos a nos ver, porem espero, de todo o meu coração que você seja muito feliz e encontre alguém forte o suficiente para conquistar o mundo ao seu lado.
Adeus, Mary.”
Não sei de onde tirei forças para parar de chorar após chegar ao final da carta, eu quis tanto ódia-la, quis mais que tudo destrui-la dentro de mim, como ela podia ter sido tão cruel comigo¿, eu que sempre a amara, defendera que tantas vezes a havia protegido e cuidado. Me odiei por amá-la e a odiei ainda mais por me fazer amá-la.
Mas, após algum tempo, percebi que apesar da dor que eu sentia naquele momento tudo o que eu havia desejado com tanta força naquela noite havia acontecido: ela havia estado ali comigo e eu a tive por uma noite, mesmo as nuvens lá fora haviam sumido, de alguma forma, durante a noite a chuva havia parado e agora eu sabia que ela estaria feliz.
De alguma forma estranha não podia culpa-la pois tudo o que havia acontecido, eu mesma havia desejado.