terça-feira, 10 de maio de 2011


Peguei-me a percorrer antigos caminhos. Foi tão fácil cair rendida aos velhos hábitos. Bastou um minuto de distração. Os meses de trabalho psicológico e emocional em busca de um equilíbrio simplesmente desapareceram.
A sua presença trouxe a tona todos os sentimentos que por algum tempo haviam se acalmado. Vi-me presa aos velhos medos, dominada pela antiga angustia, ansiosa e com o coração recluso, a mente novamente inquieta, exasperada.
Sua presença me enfraquece, seus olhos, se mantêm para mim indecifráveis, suas palavras, me soam incompletas, novamente você me deixa insegura, leva minha tranqüilidade, sensatez e de algum modo domina meu pensamento.
Eu que precisei sempre de uma explicação completa, apegada aos detalhes de cada instante, com essa estúpida necessidade de deixar tudo sempre claro, explicito, delimitado. Eu sempre controladora, impaciente, com esse desejo incontrolável de entender, descrever e racionalizar cada sentimento, cada momento.
Me vejo perdida novamente entre suas poucas frases, e palavras nunca ditas. Me descontrolo e chegou a conclusões nada conclusivas, tentando completar lacunas que você deixou para traz e jamais foi capaz de sanar.